Campos de Invisibilidade
Fields of Invisibility

A programação completa da exposição pode ser acessada
no Portal oficial do Sesc em: sescsp.org.br/belenzinho.
Este site-arquivo foi desenvolvido pela curadoria,
com a finalidade de pesquisa sobre os conteúdos
e artistas envolvidos nessa exposição.


08 Nov 2018 a 03 Fev 2019
Nov 8th 2018 to Feb 3rd 2019 no/at Sesc Belenzinho, São Paulo, SP, Brasil


Exposição
Exhibition


Ada Lovelace
Alan Turing
Aretha Sadick
Bruno Mendonça
Carolina Caycedo
Cristine Takuá
Déborah Danowski
Denise Agassi
Emma Charles
Felix Pimenta
Jon Rafman
Julio Plaza
Kabila Aruanda
Louis Henderson
Rita Wu
Ruy Cézar Campos
Tabita Rezaire
Territorial Agency

Espaço expositivo
Exhibition space —

Curadoria
Curatorship
Cláudio Bueno e/and Ligia Nobre com/with assistência/assistance
de/of Ruy Cézar Campos

Sesc SP
Razão Revista / Reason Revisited

Encontro
Encounter


Déborah Danowski
Keller Easterling
Tabita Rezaire

Yvyrupa, Terra Livre:
conversa com Cristine Takuá
— por
Cláudio Bueno e Ligia Nobre

Yvyrupa, Free Land
Conversation with
Cristine Takuá by Cláudio Bueno e Ligia Nobre

Ficha Técnica
Credits
(em breve / soon)

Imprensa



Mark

LOUIS HENDERSON 
Noruega⁄França, 1983

TUDO QUE É SÓLIDO, 2014
Vídeo 15’26”
Cortesia do artista e Spectre Productions

Os “avanços” tecnológicos no Ocidente têm gerado enormes empilhamentos de computadores obsoletos, empurrados para fora do campo de visão dos grandes centros globais. O chamado e-waste(lixo eletrônico) é enviado em grande parte para a Costa Oeste africana, em sucatarias como a de Agbogbloshie em Acra, Gana. Ao chegarem, esses lixos eletrônicos são recuperados por homens, que quebram e queimam as carcaças para extrair os metais preciosos contidos no interior desses computadores. Eventualmente as peças de metais são vendidas, derretidas e transformadas em novos objetos para revenda. É um estranho sistema de reciclagem, um tipo de mineração reversa neocolonial, em que africanos estão em busca de recursos minerais em materiais vindos da Europa.


CARTAS DO VIDENTE, 2013
Vídeo 40’

Cortesia do artista e Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains. Classificação indicativa 12: Não recomendado para menores de 12 anos

Cartas do vidente é um documentário-ficção sobre espiritismo e tecnologia na Gana contemporânea. Reflete sobre uma prática misteriosa chamada Sakawa – golpes de internet misturados com magia vodu, por meio das quais seus praticantes prometem recuperar tudo que lhes foi historicamente roubado. Retraçando as estórias dos golpistas desde o tempo da independência ganense, o filme propõe oSakawa como uma forma de resistência anticolonial. O título desta obra é homônimo daquele como a crítica literária utilizou para designar as duas cartas de Arthur Rimbaud, escritas em 1871, contra a poesia ocidental e reivindicando uma nova razão poética.

Louis Henderson reside atualmente entre a França e o Reino Unido. Como cineasta, tenta encontrar formas de trabalho que questionem a atual condição global, definida pelo capitalismo racista e por marcas históricas ainda presentes no projeto colonial europeu. Seu método de trabalho é arqueológico. Já apresentou sua obra no Rotterdam International Film Festival, no Centre Pompidou (Paris), na Tate Britain (Londres), entre outras instituições, mostras e festivais.

LOUIS HENDERSON
Norway⁄France, 1983

LETTRES DU VOYANT [LETTERS FROM THE SEER], 2013 Video 40’
Courtesy of the artist and Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains. 12: Not recommended for minors under 12.

Lettres du Voyant is a documentary-fiction on spiritism and technology in contemporary Ghana. It reflects upon a mysterious practice called Sakawa— internet scams mixed with voodoo magic, in which its practitioners promise to recover everything that was historically stolen from them. Retelling the conmen’s stories from the time of Ghanaian independence, the film proposes Sakawa as a form of anti— colonial resistance. The title of this work is eponymous to the way in which literary criticism named the two letters of Arthur Rimbaud, written in 1871, against western poetry and claiming a new poetic tradition.

ALL THAT IS SOLID, 2014
Video 15’26”
Courtesy of the artist and Spectre Productions

Technological “advances” in the West have generated huge stacks of obsolete computers, pushed out of the field of view of large global centers. The so-called e-waste is sent largely to the West African coast, in junkyards like Agbogbloshie in Accra, Ghana. When it arrives, this waste is recovered by men, who break and burn the carcasses to extract the precious metals that are contained inside these computers. Eventually the metal parts are sold, melted and transformed into new objects for resale. It is a strange recycling system, a kind of neocolonial reverse mining, in which Africans are searching for mineral resources in materials coming from Europe.

Louis Henderson currently resides between France and the United Kingdom. As a filmmaker, he tries to find ways of working that question the current global condition, defined by racist capitalism and historical marks still present in the European colonial project. His method of work is archaeological. He has presented his work at the Rotterdam International Film Festival, the Center Pompidou (Paris), Tate Britain (London), among other institutions, shows and festivals.
Mark